quinta-feira, 27 de novembro de 2008
na corda-bamba.
percebe como é triste a vida quando se deita na cama e pensa: o único objetivo que ainda tenho é não ferrar tudo e manter as coisas como estão.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
escorrendo.
Daí então que ela percebeu que os amigos de todas as fases da sua vida iam escorrendo pelos dedos que nem gelatina derretida. E enquanto o anel ia rodando pelo ralo enfiou a mão no esgoto e voltou suja de saudade.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
um trecho.
Sentiu a foto com o tato. Não queria ter que relembrar essas vivências. Queria esquecer que tem uma sensibilidade imensa para as imagens: pessoas sorrindo e a luz do sol ao fundo, fazendo com que os contornos se perdessem na foto. Qual era a graça daqueles risos? Era uma mundo ao qual ela não pertencia. Queria estar ali na foto, montada naquela bicicleta, enquanto o amigo agarrava-a na cintura. Mas só sentia aquela luz do sol no fundo entrando nela. Entrava porque ela era aquela luz do sol, ela era a presença inexorável das coisas, mas que só faz borrar a cara dos outros.
domingo, 22 de abril de 2007
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